Azul e Rosa

Pierre-Auguste Renoir

Feita em 1881 por Pierre-Auguste Renoir, a pintura “Rosa e Azul - As meninas Cahen d’Anvers”, uma das mais icônicas do acervo do MASP

‘ROSA E AZUL’, DE RENOIR, SERÁ PRÓXIMO RESTAURO DO MASP A PARTIR DA CAMPANHA DE IMPOSTO DE RENDA 2019

Em 2018, obra escolhida foi ‘Retirantes’, de Portinari, que está em fase de finalização e deve voltar ao Acervo em Transformação até o final do ano

 

 O projeto, que existe desde 2017, possibilita que recursos arrecadados por meio de doações de imposto de renda sejam utilizados na preservação do acervo do museu.
Segundo Sofia Hennen, responsável pelo núcleo de conservação e restauro do MASP: “O quadro de Renoir foi escolhido por apresentar algumas zonas de pintura frágeis, além de alguns problemas estéticos, tais como irregularidades no verniz”.
Em um primeiro momento, será feito um estudo aprofundado da técnica e do estado da obra para que depois seja escolhido o tratamento adequado. Um especialista em pintura francesa do século 19, ainda em definição, ficará responsável pelo processo.
A primeira edição da ação, há dois anos, custeou o restauro de “O Escolar”, de Van Gogh, feito no Museu Van Gogh, em Amsterdã. Em 2018, a obra “adotada” foi “Retirantes”, de Candido Portinari. A pintura do modernista brasileiro passa pela última etapa de tratamento e deve retornar aos cavaletes de cristal de Lina Bo Bardi ainda neste ano.

MASP

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Endereço: avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: quarta a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); Terça
Grátis Qualicorp: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Ingressos: R$ 40 (entrada); R$ 20 (meia-entrada)

Ao lado de “Retirantes”, a equipe de conservação e restauro do MASP estudou e tratou duas outras obras de Portinari: “Criança morta” e “Enterro na rede”, também de 1944. O trabalho em conjunto nas três telas permitiu ganhos e sinergias, já que as obras têm diversos pontos de contato e parecem ter sido criadas como uma série. Juntos, os três quadros foram submetidos em abril a diferentes exames científicos, realizados por uma equipe do Instituto de Física da USP (IFUSP). Em seguida, as obras receberam diagnóstico e prescrição por uma equipe formada por restauradores do MASP e externos, do ateliê De Vera Artes, escolhidos pela experiência com obras de Portinari. De modo geral, as três obras, que passaram por intervenções e restauros ao longo dos anos, apresentavam bom estado de conservação, mas mostravam problemas pontuais como falta de tensão nas telas, craquelês (fissuras), pequenas perdas na camada pictórica e irregularidade no verniz. O tratamento, por isso, incluiu limpeza, reintegração cromática e aplicação de verniz, entre outras medidas. “Nosso trabalho visa conservar a pintura no futuro e melhorar sua leitura e apreciação pelo público”, diz Sofia. Para doar, basta acessar o site do MASP (masp.org.br/doe), clicar no botão “Quero doar” e preencher o cadastro com seus dados e o valor da doação. Na sequência, o museu enviará um e-mail com os dados bancários e, após identificado o pagamento, o museu enviará o recibo de mecenato, que deverá ser anexado à declaração do imposto de renda. O valor mínimo da doação é de R$ 300. Caso o contribuinte tenha imposto a ser restituído, a doação aumenta o valor da restituição. Pessoas jurídicas também podem adotar uma obra do MASP, como garante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, porém com alíquotas de dedução diferenciadas. Qualquer pessoa pode doar, desde que seja optante pela declaração “modelo completo” e não ultrapasse o limite global de 6% do IR devido. Neste mesmo link (masp.org.br/doe), o interessado também encontra as respostas para as dúvidas mais frequentes. A data limite para doação é 27/12/2019.